quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Leonardo da Vinci

"De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que, através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o Céu" Visari ( século XVI).

De personalidade instigante sempre foi visto com suspeita em uma época em que ideologias eram rigorosas, e que qualquer estudo científico poderia ser considerado uma heresia, mesmo assim não deixou de expressar o que realmente acreditava, mesmo que em alguns momentos na clandestinidade.

Em 1940 fez a maior e mais celebre pintura que foi a última ceia. O tema foi pintado em Milão no refeitório do convento Santa Maria delle Grazie. A pintura representa a última ceia de Jesus com seus discípulos antes de sua captura e morte. Ela mostra especificamente, o momento em que Jesus comunicava aos seus discípulos qual deles que haveria de o trair.



Para estudar anatomia ele participou de autópsias e produziu muitos desenhos anatômicos
extremamente detalhados e planejou um trabalho inclusive com humanos e anatomia comparativa. Ao redor do ano1490, ele produziu um estudo das proporções humanas baseado no tratado recém-redescoberto do arquiteto romano Vitruvius. Leonardo debruçou-se sobre o que foi chamado o Hoimem Vitruviano, o que acabou se tornandoum dos seus trabalhos mais famosos e um símbolo do espírito renascentista.






Fascinado pelo fenômeno de vôo, Da Vinci produziu detalhado estudo do vôo dos pássaros, e planos para várias máquinas voadoras, tentou aplicar seus estudos para os protótipos que desenhou, o primeiro batizado de SWAN DI VOLO (Cisne voador), segundo especialistas é de 1510, inclusive um helicóptero movimentado por quatro homens, e um planador cuja viabilidade já foi provada.
Em 1502 Leonardo da Vinci produziu um desenho de uma ponte como parte de um projeto de engenharia civil para Sultão Beyazid II de Constantinopla. Nunca foi construída, mas a visão de Leonardo foi ressuscitada em 2001 quando uma ponte menor, baseada no projeto dele, foi construída na Noruega.

Os seus cadernos também contêm várias invenções no campo militar
: canhões, um tanque blindado movimentado por humanos ou cavalos,
bombas de agrupamento, etc., embora considerasse a guerra como a
pior das atividades humanas. Outras invenções incluem um submarino e um dispositivo de engrenagem que foi interpretado como a primeira calculadora mecânica. Nos anos dele no Vaticano, planejou um uso industrial de poder solar, empregando espelhos côncavos para aquecer água(inventou a primeira máquina a vapor).
Em astronomia , acreditou que oSol e a Lua giravam ao redor da Terra, e que a Lua refletia a luz do Sol devido a ser coberta por água.
Foi um grande inventor da sua época, Leonardo da Vinci era um homem à frente de seu tempo. Seu interesse e criatividade em vários campos de estudo deram origem a invenções como: salva-vidas, pára-quedas, bicicleta, entre outras.

3 comentários:

Unknown disse...

leonardo da vinci foi uma pessoa muito a frente do seu tempo.....mesmo nao tendo estudos suficientes;...ele pode provar nas suas pinturas...engenhocas....e suas obras magnificas.....que nao é preciso ter estudo para evoluir...
ele tinha sempre um olhar sensivel para as coisa....tanto quwe todas as suas obras tinham um toque especial seu....
eu adorei o blog pró....parabens.....

monica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
monica disse...

Daniela, gostaria de reverenciar a sua preocupação de transcender o universo da sala de aula e construir conhecimento em outros ambientes. Vamos cair na rede para promover o debate!

Breves considerações sobre Leonardo da Vinci
Por Mônica Lopes

Leonardo da Vinci é a força genial antropomórfica do Renascimento. Viveu a compulsão da curiosidade, da investigação, do empreendimento. Fez da arte um elemento de ligação entre a vida e a morte e tirou de cena a visão teocêntrica do mundo medieval, percorrendo magnificamente a existência humana, tema sobre o qual se debruçou.
A representação humana na sua obra é concebida dentro do caráter multifacetado, socializando os aspectos míticos, religiosos, sociais, políticos científicos sem deixar a beleza e a subjetividade, que conferem o fazer artístico, em segundo plano. Daí a sua genialidade. A arte, embora seja um instrumento de informação e de transformação social, a sua função de dar prazer jamais foi desprezada por da Vinci.
A inovação e/ou aprimoramento de técnicas como a da perspectiva e do esfumaçamento; a aproximação das cores com a realidade; a perfeição das figuras humanas e a expressão de sentimentos; o uso da matemática em cálculos artísticos são alguns dos elementos recorrentes da obra leonardiana, provenientes não só de uma inteligência instigante, como também de uma sensibilidade artística que respondia aos desafios cotidianos com uma sutil criticidade.
Como o flaneur ¹de Baudelaire, que se mistura à multidão, colhendo da cidade o seu fazer poético, Leonardo da Vinci transitou pela Itália renascentista, colhendo saberes e sabores, passeando a sua genialidade pela engenharia, anatomia, matemática, música, arquitetura, escultura; construindo projetos secretos, driblando, com a expressão artística, o poder (ainda) ditatorial da Igreja.
A recriação da realidade é a marca predominante do fazer artístico, uma vez que, através desse mecanismo, firma-se o caráter transcendental da arte que pode sofrer uma amnésia cultural se atender aos apelos estereotipados da racionalidade. Assim, se evidencia em Leonardo da Vinci o a mente criadora, engenho inventivo. A mediocridade não lhe cabe, assim como as verdades absolutas.
Da Vinci inscreve-se nos objetos expostos à apreciação dos outros; e, seja para anunciar o sublime, seja para reforçar o grotesco, denuncia sempre o que deveria ser e não é. Dessa forma, o indivíduo reconhece que a arte propõe a deformação do real, preenchendo as faltas humanas, trazendo à tona o homem, o ser humano, o indivíduo que foi sucumbido à zona abissal (Idade Média) ressurgindo no mundo renascentista como uma Fênix vitoriosa!




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¹ flaneur – O poeta francês Charles Baudelaire incorporava a figura do flaneur que corresponde a um transeunte observador da cidade (Paris) que se misturava às pessoas para melhor perceber o sentido da multidão.